terça-feira, 8 de março de 2016

V Encontro das Graduações em Dança do RS




Ocorre nos dias 12, 13 e 14 de maio de 2016 o V Encontro das Graduações em Dança do RS e VIII Salão de Dança. "O encontro é uma parceria entre os diversos cursos de dança das universidades do RS, que estabelece uma rede entre professores, alunos, egressos, profissionais e comunidade. Cada edição é organizada por um curso, sediado em uma instituição diferente, como forma de firmar essa parceria. Na sua V edição, o Encontro é sediado na UFRGS, e se junta ao Salão de Dança, em sua VIII edição, numa tentativa de agregar as forças de eventos com propósitos similares."

Todas as informações no link: http://encontrograduacoes.blogspot.com.br/ 
e também no e-mail: encontrograduacoes@gmail.com



Ballet da UFRGS - Espetáculo Eclipse

Em dezembro de 2015 o Ballet da UFRGS apresentou o fenômeno Eclipse no Salão de Atos da UFRGS. Idealizado e coreografado por Escobar Júnior, bailarino e graduando da Licenciatura em Dança, com iluminação de Kyrie Lucas Isnardi, também graduando do curso, o espetáculo trouxe uma estética diferente, com jogo de luzes, cenário, figurinos coloridos e instigantes. O bailarinos, ora em pequenos solos, ora em duos, ora em grupo, surpreenderam o público ao demostrarem que não se utilizam apenas da técnica da dança clássica, mas também suas habilidades com dança contemporânea e jazz, "tudo em uma linguagem poética e emocionante."

Estive com eles nos bastidores momentos antes do espetáculo, confiram:




Neste mês estão abertas as audições para novos bailarinos, não percam a data!!!



Aproveitem para saberem mais sobre o Ballet da UFRGS com esse belíssimo trabalho da TV UFRGS, dá um clique!




Ballet da UFRGS: http://ufrgsdance.blogspot.com.br/p/ballet-da-ufrgs.html

domingo, 6 de março de 2016

IV Encontro Nacional Universitário de Danças Populares na UFMT

https://www.facebook.com/IVENUDP/

Com o tema "O Brasil da Dança se Encontra em Mato Grosso", a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) recebeu a quarta edição no ENUDP. O grupo residente é o Flor Ribeirinha, representante das danças tradicionais Mato-Grossenses. Participaram também os grupos: Oré Anacã, da Universidade Federal do Ceará (UFC), TCHÊ, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Rosários, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). O evento que também integrou a programação dos 45 anos da instituição, ocorreu de 27 a 31 de outubro de 2015.

Foi minha primeira viagem com o TCHE/UFRGS e vou contar informalmente como foi o evento ;-)

Saímos para o aeroporto na madrugada do dia 27/10 e, logo na chegada, dei-me conta de que havia esquecido o banner para apresentação no encontro científico que ocorreu dia 31/10. Já fiquei nervosa e a Profa. Malu disse que dava tempo de voltar se fosse rápido. Saí correndo e peguei o primeiro táxi que vi, o motorista foi meio lento, fiquei apreensiva, mas deu tudo certo, cheguei e todos já estavam me esperando para o Check in. 

Tche no Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre
Já no avião, com conexão em Brasília, a Profa. Malu deu uma cartinha com um lápis de cor para cada um. A proposta era irmos trocando os lápis para colorir o desenho que estava em branco. Olhem que cartinha mais linda! 



Eu olhava para as nuvens através da janela do avião e nem acreditava que estava viajando com o grupo. A Malu e o Guilherme dormiam ao meu lado. Baixinho, eu agradecia pela oportunidade.

Chegamos em Cuiabá no final da manhã, fomos recepcionados pelos grupos que já haviam chegado, Rosários e Oré Anacã e também pelo residente, Flor Ribeirinha. Foi uma recepção calorosa, muitos já se conheciam pela edições anteriores e o clima era de muita alegria pelo reencontro. Recebemos as camisetas e os crachás, além de uma caneca e uma sacola do evento. Em seguida fomos almoçar no Restaurante Universitário da UFMT. Diferente do RU da UFRGS, não nos servimos direto do buffet, os funcionários colocam na nossa bandeja. A comida era muito saborosa, havia suco todos os dias e alguns dias teve até picolé de sobremesa.

Recepção dos Tchegados
Camiseta, sacola e caneca do ENUDP - Cuiabá

Em seguida fomos para o Hotel Fazenda, e nos organizamos em grupos para irmos para os quartos. A Malu combinou conosco às 17h na recepção do hotel, porque à noite assistiríamos ao primeiro espetáculo do evento. 

Apresentação do evento

Ingressos dos espetáculos

Foi um espetáculo lindíssimo, Nandaia, do Flor Ribeirinha com a participação do Ópera Ballet e Cia de Teatro Cena Onze, ambos também de Cuiabá. Adorei a proposta da dança clássica e a folclórica, vi danças que desconhecia e me encantei com o Siriri, a energia, a alegria, as cores os sorrisos. Amei demais a dança, o grupo brincou com as cores dos figurinos e as luzes do palco que refletiam e davam um efeito neon, foi impressionante. O Teatro da UFMT foi inaugurado em 22 de janeiro de 1982 e passou por mais de 2 anos fechado para reformas, sendo reinaugurado em dezembro de 2014, muito mais moderno e adaptado. A decoração estava impecável e com tecidos que lembravam o grupo Flor Ribeirinha.



Só por curiosidade, Nandaia é uma palavra tupi guarani que define uma ave, o mesmo que jandaia. É uma ave encontrada na Amazônia e em diversas regiões do Brasil, com cerca de 31cm de comprimento e plumagem laranja, amarela e verde. As bailarinas do Ópera Ballet vestiam um figurino que remetia a essa ave, com lindas asas, onde faziam suaves movimentos sustentando-se nas sapatilhas de ponta.

No dia 28/10/2015 saímos cedinho do hotel. Tivemos uma oficina com o grupo Oré Anacã, da Universidade Federal do Ceará - UFC. Aprendemos dança do boi e reisado. À tarde ficamos no teatro organizando os figurinos para o espetáculo "O Sul da América do Sul" e afinação de luz. Fizemos passagem de palco, ao final do dia fomos nos aprontar, pois o espetáculo iniciava-se às 19h30. Momentos antes do início, a equipe de TV local faria uma entrevista com a Profa. Malu,  combinou-se que ela usaria o vestido de uma das prendas e na volta alguém ajudaria e trocá-las, precisaria ser rápido para iniciar-se o espetáculo. Eu me prontifiquei a fechar o zíper assim que a  Malu tinha voltado, porém, o ziper estragou quando estava fechando e foi a pior sensação que podia sentir antes da minha primeira participação em espetáculos do Tche, senti como se tivesse estragado tudo. Foi um momento de tensão e muito nervosismo, porém, para minha surpresa, a Malu resolveu tudo em menos de 5 minutos, ela pediu para alguém trazer um alicate, linha e agulha e consertou o zíper, tudo minutos antes de entrarmos no palco. Fiquei admirada com o que vi, pois com certeza não teria tido essa agilidade para resolver o problema. Ao final da noite ficamos todos felizes com os resultados, tivemos alguns erros sim, porém o retorno da plateia foi sensacional, emocionante!

Algo que ficou marcante na história TCHE, foi a coreografia que a Malu preparou para homenagear o grupo Flor Ribeirinha, o Siriri, a dança tradicional cuiabana, ensaiado durante alguns meses em segredo, baseado nas trocas de experiências e cursos administrados pelo grupo residente em outras edições do evento. Foi tudo preparado com muito carinho, os figurinos ficaram escondidos nos camarins para manter o segredo. Ao final do espetáculo, parte do elenco do TCHE entrou no palco com a música do Siriri e a reação da plateia foi emocionante, pois com certeza não imaginavam a homenagem, na verdade, a emoção foi geral, inclusive para os que estavam dando aquela espiadinha nas coxias.

Homenagem do TCHE ao Flor Ribeirinha e a emoção do público.











No dia seguinte, 29/10 foi o dia da oficina do Tche, organizamos os acessórios e pilchas para também participarmos de uma apresentação no turno da tarde junto com o grupo Oré Anacã na APAE Cuiabá. Na oficina, o Fred e a Clarissa, integrantes do Tche, ficaram responsáveis pela danças que seriam ensinadas. Ao final, a Malu ensinou uma parte da coreografia da Tertúlia, que é bem animada. Foi muito divertida a oficina. Tudo certo também na apresentação à tarde. À noite fomos apreciar o espetáculo Festança, do grupo Rosários de Minas Gerais. Eles também fizeram homenagens aos grupos e ao TCHE UFRGS, dançaram algumas das nossas danças tradicionais e foi muito sensível da parte deles, adoramos as homenagens.



Oficina do TCHE - Sarrabalho

Oficina do TCHE - Tertúlia

Oficina do TCHE



Na oficina com o Grupo Rosários, no dia 30, aprendemos a dançar quadrilha com muitos passos que não conhecíamos. À tarde o TCHE fez uma apresentação na AACC Cuiabá e à noite foi a vez do Grupo Oré Anacã nos encantar com o seu espetáculo Entre Penas e Contas. Foi belíssimo, figurinos muito bem elaborados, baseados em intensas pesquisas da cultura popular. Em muitos momentos ficamos sem fôlego e, ao final, dançaram arrasadoramente também o Siriri em homenagem ao grupo Flor Ribeirinha.



Sábado 31/10 ocorreu o "Tchá cô bolo científico", um encontro com um delicioso café da manhã, palestra, mesa-redonda e apresentação de banners.

Trabalhos apresentados no evento científico
O tema da mesa-redonda foi Danças Populares na Universidade, a Profa. Malu iniciou contando a história do TCHE, que inicialmente, como professora substituta na disciplina de danças populares do Curso de Educação Física, explicou que essa disciplina não tinha um conteúdo estabelecido, até então não se trabalhava danças gaúchas. Com uma turma de mais ou menos 50 alunos, Malu trabalhou esse conteúdo, foi tão apreciado pelos alunos que pediram para continuar como projeto de extensão. Malu ainda citou: "Somos sujeito da experiência." (BONDIÁ, Jorge Larrosa)



Mesa-redonda

João Rafael graduado em Artes Cênicas, representou o grupo Rosários, contou sobre a criação do grupo em 2010 e que trabalha com diversas expressões brasileiras, com sua versão de diversas danças, conta mais ou menos com 35 integrantes.

Gardênia representou o grupo Oré Anacã explicou que o grupo trabalha com montagem coletiva, todos ouvem a música, propõem e testam os passos. Pesquisam coreografias in loco: Salvador, Maranhão, Recife, Maceió, Cuiabá, Ilha de Marajó. Prezam pela liberdade de criação, empoderamento e atitude dos bailarinos.

Avinner falou sobre o Flor Ribeirinha, iniciado em 23 de julho de 1993, pela sua avó Domingas, na comunidade ribeirinha.

Após as apresentações, iniciou-se rodada de questões e debates. Foi questionado também de que forma o ENUDP pode gerar políticas  de benefícios para a universidade para que o evento se torne político e ganhe mais força. Seguiu-se com muitas inquietações.

À tarde, seguimos para o Centro Cultural São Gonçalo Beira Rio para a Oficina com o Grupo Flor Ribeirinha e foi uma experiência muito enriquecedora, aprendemos a dançar o famoso Siriri e foi realmente encantador.

Oficina do Flor Ribeirinha


Fred e Feernanda Suzin



Logo mais, à noite, fomos para a Festa no Quintal da Domingas, também fizemos apresentações e o TCHE foi presenteado com artigos típicos da Cultura Cuiabana.

Grupo momentos antes da apresentação.


Também fizemos um turismo por Mato Grosso, no dia 01/11 nosso passeio teve direito a banho de cachoeira e visita a Chapada dos Guimarães.




Foi realmente inesquecível o IV ENUDP, minha primeira participação no evento e serei eternamente grata à professora Malu Oliveira e à UFRGS por essa oportunidade rica de cultura. Muito obrigada!

Confiram a repercussão no evento na mídia, nos links também há vídeos das reportagens da TV local acessem:





No hotel ainda houve o Miss e Mister ENUDP, idealizado pelo grupo Oré Anacã, foi uma proposta de descontração e interação animada entre os grupos, confiram: